Imaginário minimalista

A pesquisa intitulada ‘’imaginário minimalista’’ apresenta, dentro de um contexto estético, formas geométricas, escolhendo cores e se divertindo com os contrastes existentes entre elas em harmonia com ambientes minimalistas. A composição visual conta com a escolha minuciosa de objetos para o cenário e figurinos em tons harmoniosos para se obter o contraste mais adequado quando em justaposição com o papel cartão de um tom absurdamente vibrante.

 

O efeito visual do resultado final é um questionamento estético que diz respeito à imaginação pessoal do autor. O imaginário minimalista é, antes de tudo, uma pesquisa visual que instiga à criatividade mental que todos temos dentro de nós, mas que em algum momento, por falta de tempo ou por se tratar de um cotidiano repleto de tarefas que nos sugam a vivacidade, acabamos por esquecer. Imaginar, inventar o que puder, sabendo que a imaginação sempre será uma possibilidade.

 

É uma pesquisa que preza pela simplicidade e pela influência visual do cenário. A produção composta por formas geométricas e figurinos nada convencionais remete à imaginação do subconsciente, por vezes tão fantástico e ao mesmo tempo assustador. A questão do minimalismo faz referências tanto estéticas, quando, por exemplo, se utiliza de elementos menos sofisticados e mais simples, como também, trata de conceitos que condizem com o consumo desenfreado da sociedade. É, portanto, uma observação que diz respeito também ao ambiente social pós-moderno no qual vivemos.

Zylipe Burguez - Autor

 

Quando pensamos em minimalismo, buscamos olhares simples, aliados à poucos objetos, que possam “conversar entre pequenos detalhes e cores. Talvez uma fuga das atrocidades reais do caos diário. A escolha das imagens entre tantas produzidas e tão significativas quanto estas expostas se pautaram pela simetria entre cores/corpos/objetos. Composições necessárias para falarmos de relacionamentos, respeito e signos do cotidiano. Proposto como curso de extensão em pesquisa vinculada ao projeto de extensão Núcleo Criativo PalavrAção, este “imaginário” expõe possibilidades latentes de se fazer arte e parcerias em diálogos necessários para a sobrevivência artística e apontar outros meios de falarmos de nossos corpos reais, de nossos corpos oníricos.
Com esse olhar o MusA-Museu de Arte da UFPR, através do Núcleo de Ação Educativa do MusA, aceitou o desafio de fazer essa “conversa em imagens” em seu espaço aberto de discussões e passagens. Que seja uma doce travessia.

Sergius Ramos - Curador

 

"Entre projetos o meio universitário é um espaço repleto de possibilidades a se descobrir e um meio frutífero para criações, pesquisas e experimentações. Com esse norte em comum, a Palavração Companhia de Teatro da UFPR através do produtor e curador Sergius Ramos propôs uma “experiência cênica expográfica” no Museu de Arte da UFPR. O projeto de extensão Núcleo de Ação Educativa do MusA tem como uma de suas finalidades trabalhar através de ações colaborativas, pois assim as relações se tornam mais fortes e os resultados ganham uma amplitude significativa. Os projetos de extensão Núcleo Criativo PalavrAção - coordenado pelo Profº Alaor de Carvalho - e Núcleo de Ação Educativa do MusA – se uniram colaborativamente para dar a amplitude desejada aos resultados da pesquisa do projeto da companhia de teatro – que em 2018 completa 23 anos de trajetória. O hall dos vitrais – local escolhido para a mostra é um lugar de passagem e local inicial de acolhimento do público visitante do museu e é uma rica oportunidade para o público do MusA receber a PalavraAção e também para o público da Companhia habitar o museu, reforçando assim a nossa missão de ser um espaço de fomento das diversas linguagens da arte.

Lidiane do Nascimento Museóloga e Coordenadora Núcleo de Ação Educativa do MusA